22 de out. de 2013

CORANTES - PARTE I


 
 
 Os corantes são amplamente utilizados nos alimentos e bebidas  pois melhoram a aceitação dos produtos, quanto mais coloridos mais atrativos (De fato isso só funciona com algumas pessoas). 
 Existem razões técnicas para se colorir os alimentos, como restaurar a cor natural dos produtos afetada ou destruída durante a fabricação; uniformizar a cor dos alimentos produzidos a partir de matérias-primas de origem diversa e conferir cor a alimentos incolores. As cores são utilizadas também para identificar o sabor do alimento: sabor laranja - cor laranja, sabor morango - cor rosa ou vermelha, sabor uva - cor roxa, entre outras. Os corantes alimentícios podem ser naturais, sintéticos idênticos ao natural, inorgânicos, caramelo e artificiais.
 Tratarei nessa primeira postagem dos Corantes Artificiais.
 
 Os corantes artificiais são uma classe de aditivos sem valor nutritivo obtidos, em sua maioria, do alcatrão do carvão mineral. Tem importância apenas sob o ponto de vista comercial e tecnológico e estão presentes em balas, biscoitos, doces, bolos, confeitos, refrigerantes, bebidas isotônicas, medicamentos e gelatinas.
 
 Pela legislação atual, através das Resoluções n° 382 a 388, de 9 de agosto de 1999, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são permitidos no Brasil para alimentos e bebidas o uso de apenas Onze Corantes Artificiais. Os rótulos dos alimentos coloridos artificialmente devem conter os dizeres "COLORIDO ARTIFICIALMENTE" e ter relacionado na lista ingredientes o nome completo do corante ou seu número de INS (International Numbering System).

  Mesmo permitidos alguns corantes  podem oferecer sérios riscos a saúde, ocasionando problemas respiratórios, renais, gastrointestinais e neurológicos. O consumo dos corantes artificiais vem sendo associados ao desenvolvimento da hiperatividade e déficit de atenção em crianças e desenvolvimento de alergias em adultos. Os estudos sobre os efeitos nocivos causados pelos corantes artificiais à saúde já fizeram vários desses aditivos serem proibidos pela maior parte dos países, inclusive o Brasil. 
 Pense: se um aditivo possui uma quantidade diária aceitável de ingestão e se teste insistentes são feitos com ele para comprovar a sua segurança, deixa claro que não é 100% seguro e por isso é importante controlar seu consumo.
 
 Confira uma pequena lista com produtos que contêm os corantes sintéticos permitidos. É importante ficar sempre atento à lista de ingredientes presente nos rótulos dos alimentos, eu escolhi produtos bem óbvios, mas existem alimentos nada suspeitos que estão cheios de corante artificiais. 
 Grande parte dos alimentos super coloridos também estão repletos de açúcares e causam grande interesse no público infantil.
 

A guloseima possui cinco dos onze corantes artificiais permitidos. 
  • Amarelo Crepúsculo (INS 110)-   Em algumas pessoas, causa alergia, produzindo urticária, angioedema e problemas gástricos.
  • Azul Brilhante (INS 133) -  Deve ser evitado por pessoas sensíveis às purinas.
  • Indigotina (INS 132)  - Pode causar náuseas, vômitos, hipertensão e ocasionalmente alergia, com prurido e problemas respiratórios.
  • Amarelo Tartrazina (INS 102) - Reações alérgicas em pessoas sensíveis à aspirina e asmáticos. Recentemente tem-se sugerido que a tartrazina em preparados de frutas causa insônia em crianças. Há relatos de casos de afecção da flora gastrointestinal.
  • Vermelho 40 (INS 129) - Pode causar hiperatividade em crianças, eczema e dificuldades respiratórias.

Além do corante amaranto, a gelatina de uva possui o azul brilhante e a tartrazina.
  • Amaranto ou Vermelho Bordeaux (INS 123) - Deve ser evitado por sensíveis à aspirina. Esse corante já causou polêmica sobre sua toxicidade em animais de laboratório, sendo proibido em vários países. Proibido nos Estados Unidos desde 1976. No Japão foi voluntariamente banido pelas indústrias de alimentos.





O corante esta no recheio do bolinho.
  • Vermelho Ponceau 4R (INS 124) - Deve ser evitado por sensíveis à aspirina e asmáticos. Podem causar anemia e aumento da incidência de glomerulonefrite (doença renal). Não é permitido nos Estados Unidos, foi voluntariamente banido pelos industriais japoneses. 
Azul brilhante, tartrazina e azorrubina são os corantes presentes.
  • Azorrubina (INS 122) - É proibido nos Estados Unidos, pois necessita de estudos adicionais sobre o seu metabolismo.
 
 
 Possuim oito dos onze corantes sintéticos, entre eles o vermelho eritrosina.
  • Vermelho Eritrosina (INS 127) - Consumo excessivo pode causar aumento de hormônio tireoidano no sangue em níveis para ocasionar hipertireoidismo.
 


Possui os corantes amarelo crepúsculo, ponceau 4R e azul patente.


  • Azul Patente V (INS 131) - É proibido nos Estados Unidos.
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*Nenhum produto com o corante foi encontrado até o momento.
  • Verde Rápido (INS 143) - Proibido pelos paízes da União Européia.
 
 
     
 

2 comentários:

  1. Leio esse relato com muita atenção e ao mesmo tempo revoltado de morar em um país onde se permite corantes que são proibidos em outros países.Todos os rótulos dos produtos nos EUA e na Europa, mesmo sendo uma caixinha de chiclete, consta os corantes existentes.Aqui se permite esses corantes tão perigosos até na alimentação infantil e os rótulos na maioria não constam os corantes.
    Conheço bem o corante amarelo e tenho muito cuidado pq sou alérgico ao mesmo.Agora através deste blog, passei a conhecer os perigos dos outros corantes e vou cuidar mais na escolha dos produtos industrializados.
    Obrigado,
    Zestiful

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  2. Nossa legislação permite tantas outras situações tão revoltantes quanto. Parece que por aqui o interesse é manter uma relação "amigável" com as grandes empresas.

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